Armazenamento de arquivos na NUVEM com o Azure

Esse post é uma transcrição da LIVE: https://business.facebook.com/bernardes.rafael/videos/251438225920337/

 

No seu cenário, você viabiliza migrar todo o seu file server para a nuvem? Sim ou não?

Como os usuários acessam os dados hoje? Se a empresa não partiu para uma solução como o Microsoft Teams, o acesso possivelmente é feito através de um //servidor local.

Mas nós podemos criar uma alternativa para armazenar e acessar os dados de qualquer lugar, sem alterar a experiência do usuário e podendo ainda economizar dinheiro! Você vai aprender aqui como fazer isso, usando o Azure da Microsoft.

 

No Azure, existem várias formas de trabalhar com armazenamento na nuvem. Elas são:

• File Storage
• Blob Storage
• Archive Storage

A opção File Storage trás a mesma experiência do compartilhamento de arquivos //servidor, simples assim!

Ela é acessada através do protocolo SMB 3.0 normal. Já a opção Blob Storage é usada para objetos não estruturados, e a opção de Archive Storage é utilizada para armazenar dados que não serão acessados por um período longo de tempo.

Vou falar um pouco do meu cenário e como essas opções do Azure facilitam minha vida. Vê se faz sentido pra você ou para sua empresa.

Eu tenho muitos arquivos de vídeo e eles só precisam ficar armazenados. Eu não preciso ficar acessando eles o tempo todo. Essa situação pode estar acontecendo com empresas na área de medicina que precisam armazenar imagens, ou empresas de advocacia que precisam armazenar documentos. Qualquer empresa que precisa armazenar documentos mas não acessa eles o tempo todo pode se deparar com isso. Mas o que fazer quando a capacidade de armazenamento vai chegando no limite? Uma opção é aumentar a capacidade. Você pode comprar HD, CD, fita, o que for, mas isso pode se tornar um problema, seja pelo custo do investimento feito nesse armazenamento, pelo espaço físico ocupado ou até mesmo por deterioração do armazenamento. Por isso estou te convidando a pensar no Azure.

Eu queria um local para colocar meus arquivos e depois mover os que eu não preciso acessar tanto para uma área mais barata, que eu ainda pudesse acessar quando precisasse. E o Azure foi a solução.

Vou te dar um exemplo de como fazer isso.

Primeiro vou criar uma conta de armazenamento no Azure. Para isso, vamos em Página Inicial > Nova > Armazenamento > Conta de armazenamento

 

 

Agora vamos configurar a nova conta de armazenamento, aproveitando para criar um grupo de recursos na aba ‘Básico’ do painel de criação de conta de armazenamento.

 

 

O grupo de recursos do Azure é onde você junta todas as coisas e organiza.

 

Escolha um nome válido para o seu grupo de recursos e vamos para as próximas configurações. Escolhi ‘US Leste 2’ como a localização, Desempenho Standard, Tipo de conta StorageV2, replicação do tipo Armazenamento com redundância local (LRS) e Camada de acesso (padrão) frio. Nas abas de Rede, Avançado e Marcas, mantive as configurações Default. Agora é só clicar em revisar + criar!

 

 

Criei minha conta de armazenamento. Mas onde eu encontro ela no Azure? Aqui em Página Inicial > Grupos de recursos > SeuGrupoDeRecurso > SuaContaDeArmazenamento . Simples assim!

Agora vamos lá na conta criada para criar um Container.

Primeiro a gente clica na opção Containers na página da conta de armazenamento.

 

 

E agora clique na opção de criar container e dar um nome a ele.

 

 

O que eu criei, dei o nome de “videosrafael”. Por enquanto ainda não tem nada lá, por isso não estou pagando nada. Nesse modelo de conta de armazenamento, eu sou cobrado pelo uso.

Vamos aproveitar pra criar também um Compartilhamento, clicando em Compartilhamento de arquivos na página da sua conta de armazenamento. Logo depois a gente vai ver como o compartilhamento funciona.

 

 

E em seguida na opção de criar Compartilhamento de arquivos

 

 

Eu dei o nome de videos1 e uma cota de 10gigabytes para o Compartilhamento criado, mas lembrando que não estou sendo cobrado por nada! Aqui também a cobrança é só pelo uso. Esse compartilhamento, você pode acessar também pelo //servidor.

Olha só como a gente faz:

Clique no compartilhamento criado

 

Agora clique em conectar

 

Selecione a letra da unidade e copie a lista de comandos gerada.

 

 

Agora, execute a lista de comandos no Powershell como eu fiz aqui:

1 – Criar um novo arquivo do Powershell
2 – Colar a lista de comandos do Azure
3 – Executar

 

 

Agora é só esperar alguns segundos para conectar e pronto! Podemos brincar um pouco pelo próprio Powershell. Usando o comando ‘Z:’ para navegar até essa unidade e o comando ‘md teste1’, dizemos ao Windows que crie a pasta teste1 em ‘Z:’, que está conectado com a nuvem pelo Azure.

 

 

E se voltarmos a conta de armazenamento do azure e clicarmos em Atualizar, olha o que acontece:

 

 

Tá lá! Agora eu tenho uma unidade mapeada na nuvem! Posso trabalhar com ela normalmente. Qualquer programa pode trabalhar com ela, mas vale uma ressalva. Hoje, no Brasil, alguns provedores de internet bloqueiam a porta de saída 445 e isso impossibilita a conexão direta com o Azure através da opção de conectar do compartilhamento de arquivos. Você pode superar essa barreira fazendo uso de um VPN e ter os seus arquivos compartilhados na nuvem pelo Azure, sem problemas, e sem ter que pagar caro por isso.

Quer saber quanto você pagaria usando um VPN? O Azure te ajuda com isso também. Vá para a página inicial do Azure e clique em Pricing. No campo de pesquisa de produtos, digite vpn e clique na opção VPN Gateway que aparecerá para você. Aqui você pode estimar quanto custaria o serviço de VPN.

 

 

Voltando pro Compartilhamento. Vamos carregar um arquivo pelo Azure. No compartilhamento de arquivos é só clicar em Carregar, abrir a caixa de diálogo de seleção de arquivo, escolher o arquivo e clicar em Carregar.

 

 

Eu carreguei aqui o meu arquivo e ele já aparece pra mim no Azure, olha só:

 

 

Essa funcionalidade do Azure já me permite trabalhar com os meus arquivos na nuvem sem alterar a experiência do usuário, como se fosse um //servidor. Mas eu quero poder fazer mais e poder pagar menos. Então vamos falar de camadas de armazenamento!

Na nossa configuração de conta de armazenamento, todos os arquivos já são carregados na camada fria, mas eu posso pagar menos colocando eles na camada de arquivamento. Tudo isso pode ser feito manualmente, sem uma API, REST ou uma equipe de desenvolvimento, utilizando apenas o painel do Azure. Existem ainda ferramentas de backup que já entendem essa mudança de camada e podem fazer uso dessa funcionalidade. Nós temos 3 tipos de camadas de armazenamento Blob. A quente(hot), fria(cold) e a archive(arquivamento)

 

 

Os dados na Hot são acessados o tempo todo, esses são os dados normais.

Os dados na Cold são arquivos que vão ficar no mínimo 30 dias. Não tão lenta quanto o archive e não tão rápida quanto a Hot.

Já os dados na camada Archive vão ficar no mínimo 180 dias. Então os arquivos não vão ser acessados durante muito tempo!

Você pode ter uma velocidade maior por um custo monetário maior (Hot), ou você pode abrir mão da velocidade de acesso aos dados por um custo menor. É importante lembrar que o arquivamento é feito em uma zona de armazenamento bastante fria, você pode levar até 6 horas para recuperar os arquivos e o custo de recuperação dos arquivos antes de 180 dias não é interessante. Então nós temos que separar os dados normais dos frios e dos dados que devem ser arquivados. Lembrando também que arquivamento não é backup. O backup tem que ter versionamento e ser feito em um local de origem diferente. Já o arquivamento é feito para dados que não serão necessários por um período longo de tempo.

Agora vamos fazer um exemplo de como carregar um arquivo para a nuvem, utilizando o Azure, e vamos colocar esse arquivo na camada de arquivamento. Primeiro nós vamos abrir o Microsoft Azure Storage Explorer e fazer login no Azure. Se ainda não tem ele instalado, você pode baixar ele
<a href=“https://azure.microsoft.com/pt-br/features/storage-explorer/“> clicando nesse link</a>

No Explorer já aparece o container (videosrafael) que nós criamos na nossa conta de armazenamento (armazenamentorafael). E agora eu vou carregar o arquivo nessa conta, navegando até ela pelo Azure Storage Explorer e clicando em Carregar

 

 

O arquivo que eu vou carregar é a vídeo aula de Gestão do Powershell do meu Curso de Fundamentos do Azure. Quem não fez o meu <a>Curso de Fundamentos do Azure</a> deve fazer para ter a base todinha pra isso! E tem também a <a>Imersão</a> pra você aprender especificamente essa parte aqui. Terminando de carregar, o arquivo já aparece disponível no container com a opção de alterar camada. Vamos alterar a camada para Arquivar.

 

 

Clicando em atualizar no nosso painel do Azure, o arquivo que nós mandamos para a camada de arquivo já está lá, como aparece aqui estando em Arquivo Morto.

 

 

Então só com isso, sem precisar de ferramentas específicas ou de muita programação, eu consigo gerenciar os meus arquivos manualmente pelo painel do Azure. Mas é possível ir além e fazer scripts para gerenciar esses arquivos. É possível, por exemplo, fazer um script que procura no storage arquivos que estão mais de 30 dias sem serem tocados e manda esses arquivos para arquivamento. Os preços do Azure são bastante interessantes e você encontra eles <a href=”https://azure.microsoft.com/pt-br/pricing/calculator/”> aqui </a> em Azure Pricing Calculator > Storage Accounts, onde você pode fazer o orçamento do serviço de storage que se encaixa no seu perfil.

A solução de armazenamento de dados na nuvem pelo Azure permite que você armazene arquivos com redundância e segurança, acesse e compartilhe os dados de qualquer local com internet e gerencie seus arquivos por camadas de armazenamento com preços mais baixos.

Vou dar um exemplo de quando me deparei com uma empresa que tinha um problema de armazenamento muito sério e como nós conseguimos resolver esse problema usando o Azure.

 

 

A empresa tinha um IBM série x5000 conectado com um storage da IBM. Mas esse storage estava com a capacidade quase lotada. Eles estavam numa situação alarmante de quase 90% do espaço ocupado. Então nós fizemos uma cotação do disco e ele estava imensamente caro, desproporcionalmente. E agora? Fazer manutenção? Comprar expansão storage? Não tem jeito se você não pensar na nuvem. Se não, você vai ficar refém de comprar disco, fazer expansão e ficar aumentando contanto com suporte. E depois a manutenção da peça vai ficar tão cara que você vai acabar tendo que comprar outra. Mas a gente tem uma solução muito legal e muito prática no Azure.

Foi possível sincronizar o storage com o Azure, criando uma regra que movia para arquivamento todos os arquivos não utilizados por um período longo de tempo, e os removia do storage local. Depois substitui eles por links simbólicos para a nuvem. Olha que legal! Se o usuário clicar no arquivo, ele é baixado e fica disponível, mas é um link simbólico para nuvem. Com isso, nós conseguimos reduzir de 90% do espaço ocupado pra 30%, sem ter que arcar com todos os custos de expansão física do storage e com réplicas de tudo. E ainda tem um benefício que uma solução como o DFS não tem, os arquivos são copiados a nível de bloco pelo Azure, o que é muito mais interessante e muito mais robusto.

Eu fiz uma imersão em Servidores de Arquivos na Nuvem, que é um curso focado nesse tipo de solução, com muito mais detalhes e profundidade. Se quiser conhecer só acessar esse link:

http://www2.bernardes.com.br/imersao-arquivos-nuvem

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    Comments

    1. Avatar for Rafael Bernardes João de Faria Jr : 16 de julho de 2020 at 9:45 am

      Excelente artigo como sempre, estou estudando e tenho uma dúvida que ainda não consegui sanar. Qual a vantagem de eu utilizar o File Storage do Azure no lugar do Sharepoint?

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