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Backup com Bacula – Configurando os Módulos


Vamos continuar a série de Posts sobre Backup com Bacula, que muita gente ainda tem dúvida, criada por nosso amigo Rodrigo Ramos. Já vimos a instalação, os módulos de uso e agora vamos a configuração dos backups.
Como prometido as configurações dos módulos do Bacula; semana passada sobrevivemos ao bacula-dir.conf, os outros 3 restantes (bacula-fd.conf, bacula-sd.conf e bcosole.conf), hoje veremos que será a parte mais fácil com toda certeza, o trabalho pesado já passou.

Vejamos os arquivos necessários, esses arquivos se encontram no diretório de configuração do Bacula, /etc/bacula:
################# bacula-sd.conf #################
# Bacula Storage Deamon
# Modula responsável por coordenar a gravação e restauração dos dados nas diversas mídias que podemos configurar (HD, fitas diversas, CD, DVD, pastas de rede, entre outros)
Storage {
Name = cooperati-sd
# Podemos dar o nome que desejarmos ao storage
SDPort = 9103
WorkingDirectory = “/var/lib/bacula”
Pid Directory = “/var/run/bacula”
Maximum Concurrent Jobs = 20
# podemos limitar o numero de job por storage.
SDAddress = 192.168.1.1
# O IP é sempre opcional se estiver na mesma maquina, só é obrigatório quando o modulo esta em outra maquina ou a maquina possuir mais de um IP e deseja direcionar para uma porta
}
Director {
Name = cooperati-dir
# O mesmo nome do Director que configuramos no bacula-dir.conf
Password = “minha_senha”
# A mesma senha que configuramos para Director no bacula-dir.conf
}
Device {
# Aqui vamos detalhar as configurações de cada dispositivo de backup, no nosso exemplo será um dispositivo de backup em disco.
Name = File
# O mesmo nome de definimos no bacula.dir.conf
Media Type = File
# Aqui também precisa esta definido exatamente como no bacula.dir.conf, o nome serve apenas para separar os diferentes tipos de mídias.
Archive Device = /backup
# Nosso exemplo é um backup em HD, então temos que apontar onde serão criados os volumes em Archive Device.
LabelMedia = yes;
# “Yes” para criar volumes automaticamente.
Random Access = Yes;
# Informo que o dispositivo suporte “lseek” (dvd, cd, usb, hd), se for backup em fita usamos a opção “no”
AutomaticMount = yes;
# Permite que o dispositivo seja montado de forma automática
RemovableMedia = no;
# Informa que não é uma mídia removível
AlwaysOpen = yes;
# Se necessário o Bacula irá abrir o dispositivo sempre que tiver em execução.
}
Messages {
Name = Standard
# Direcionando as mensagens para o Standard configurado em Messages no bacula-dir, cada modulo gera suas mensagens, mais concentra tudo no bacula-dir para serem enviadas.
director = cooperati-dir = all
# O nome do Director que estamos mandando e que tipo de mensagem, no nosso caso todas.
}

################# bacula-fd.conf #################
# Bacula File Deamon
# È o client do Bacula, o programa responsável por enviar os dados solicitados pelo Direcitor, e também coordena a gravação dos dados de restauração.
# Esse é o verdadeiro vampiro do sistema, ele suga as informações e envia para o Storage, um sistema de backup possui quantos file deamons foram necessários para suprir os diversos servidores.
Director {
Name = cooperati-dir
# Mesmo nome configurado no bacula-dir.conf
Password = “minha_senha”
# Nossa, senhas senhas e mais senhas… por isso falo que 90% dos erros estão aqui, colocar uma só para tudo diminui o risco de erro.
}
FileDaemon {
Name = cooperati-fd
# O nome dado no bacula-dir.conf na opção Clients.
FDport = 9102
WorkingDirectory = /var/lib/bacula
Pid Directory = /var/run/bacula
Maximum Concurrent Jobs = 20
FDAddress = 192.168.1.25
# Opcional, só é necessário se o cliente possuir mais de um IP e quiser direcionar o trafego para uma interface.
}

Messages {
Name = Standard
director = cooperati-dir = all, !skipped, !restored
}
#################bconsole.conf #################
# O ultimo e não menos importante é o bconsole, uma ferramenta para acesso administrativo ao sistema de backup do Bacula, por ele podemos ter acesso a todas as opções de configurações, iniciar uma job, parar uma job, verficar status de um volume, dentre diversas opções, o bconsole pode ser acessado através de um terminal ssh, o que facilita muito a configuração e o monitoramento de suas jogs e agendamentos.
# No nosso exemplo vamos configurar uma forma simples de acesso ao bconsole, contudo podemos criar usuários que terão acesso somente a determinadas opções do sistema de backup, podemos ver essas configurações no link: http://www.bacula.org/5.0.x-manuals/en/main/main/Console_Configuration.html
Director {
Name = cooperati-dir
# Nome do nosso Director
DIRport = 9101
address = 192.168.1.1
# Aqui configuramos o endereço IP do Director.
Password = “minha_senha”
# A mesma senha configurada no Director no bacula-dir.conf.
}

Com isso fechamos a nossa configuração básica do Bacula, que pode ser usado para backup de qualquer servidor e suporta clients em diversos S.Os, alem de suporte a diversas fitas e charges.
O Bacula dispõe ainda de uma documentação muito boa, com todos os itens de configuração aqui apresentados mais varias opções para personalizar de acordo com sua necessidade, acessem o link: http://www.bacula.org/5.0.x-manuals/en/main/main/Bacula_Main_Reference.html
Qualquer duvida podem perguntar que terei prazer em responder.
Próxima semana Webacula, porque vida de administrador já é difícil, então nada como um ambiente web para facilitar o gerenciamento dos Backups.
Bio: Analista de Suporte, curioso e apaixonado pela profissão. Estou descobrindo o universo livre e cada dia ficando mais envolvido. Nas horas vagas fico brincando de levantar VMs para testar novos programas sempre em CentOS.
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