Entenda como a Microsoft vem mudando o licenciamento de seus produtos
Nos últimos de 02 anos ocorreram mudanças significativas no processo de licenciamento Microsoft.
Essas mudanças foram motivadas pelo movimento do mercado em prol de tecnologias de computação na nuvem e virtualização.
Como essas mudanças impactam a sua empresa?
Vou ter que migrar tudo para nuvem?
Vamos as respostas!
O que mudou no licenciamento Microsoft?
É praticamente impossível uma empresa não ter algum software da Microsoft, concorda?
Por isso é muito importante que os gestores de TI entendam como funciona o licenciamento do software Microsoft para não correr risco de ficar ilegal e sofrer durante uma fiscalização da Microsoft.
Se quiser saber mais sobre o processo de auditoria da Microsoft e como se proteger de uma, recomendo a leitura do e-book que fiz para a Infobusiness.
Agora vamos as mudança no licenciamento de cada linha de produto da Microsoft.
Pacote Office
Esse foi um dos produtos que mais sofreram mudanças na forma que é vendido.
Agora a Microsoft disponibiliza várias formas para você poder comprar o Office.
Além do tradicional licenciamento do Office Standard e Office Pro perpétuo no contrato Open e do Office Home and Business caixinha, temos também a possibilidade de licenciamento do Office dentro do Office 365 e essa é que foi a grande sacada.
O custo do Office sempre foi um grande empecilho para que as empresas mantivessem suas licenças regularizadas. Não era para menos, já que uma licença do Office Standard no contrato Open não sai por menos de R$ 1.320,00 cada licença (Tabela de fevereiro de 2018).
Já uma licença do Office 365 Business, que é o equivalente ao Standard, sai por R$ 29,90 por mês.
Só que não para por ai. A Microsoft pegou os seus principais servidores de mensageria e colaboração e também jogou para a nuvem.
Agora você pode contratar o Office, Exchange, Sharepoint, Skype for Business e outros como um pacote chamado Office 365 Business Premium por R$ 46,90 por mês.
E o bacana é que todo o processo de ativação desses produtos agora é mais simples. Todo ele é baseado em usuário e senha e pode ser integrado no seu AD.
Ler mais em Como comprar Office
Windows
O Windows não mudou muito. Ainda continua sendo recomendado pela Microsoft que você compre ele pré-instalado com a máquina. Essa é a forma mais barata de ter o Windows legalizado.
A grande mudança é na hora de fazer o upgrade ou ter a versão Enterprise.
Antigamente o Upgrade somente estava disponível através de um contrato de volume.
Agora também pode ser comprado através de uma subscrição ou em novo pacote que chamado Microsoft 365, que engloba o upgrade do Windows, mais Office 365 e mais a solução de Enterprise Mobility da Microsoft.
Windows Server
Esse sofreu uma mudança recente na forma como é licenciado que deixou muita gente confusa.
Só para contextualizar. O Windows Server sempre foi comercializado da seguinte forma: você precisa comprar as licenças do servidor e as licenças para cada usuário ou máquina da sua rede.
A mudança foi justamente na forma como licencia o servidor do Windows Server. Antigamente, cada licença de Windows Server licenciava 01 servidor com até 02 processadores.
Agora, cada licença do Windows Server 2016 licencia 02 núcleos do processador! Sendo que você precisa comprar um mínimo de 08 licenças por servidor.
Também já escrevi um artigo completo sobre isso no blog da Infobusiness, explicando como comprar Windows Server, confere lá para entender melhor.
A Microsoft justifica essa mudança alegando que o mundo está migrando para nuvens privadas ou públicas. Desta forma o licenciamento ficaria mais adequado a esse cenário.
Azure
Esse é um serviço da Microsoft que você tem que avaliar com carinho quando for pensar no desenho da infraestrutura de TI da sua empresa.
O Azure nada mais é que a solução de nuvem pública da Microsoft, ou, numa definição mais fácil, o grande concorrente do AWS da Amazon.
É necessário um artigo específico sobre ele para falarmos do quanto você pode economizar em termos de licenciamento de software quando migra seus workloads para a nuvem, mas aqui vou tentar resumir.
Vamos usar como exemplo o SQL Server.
Todo mundo sabe que licenciar um servidor com o SQL Server não é barato.
E se ao invés de comprar o SQL Server, você contratasse uma VM e pagasse por hora pelo consumo do SQL Server?
Ou até melhor! Você contratasse uma plataforma de SQL Server como serviço elástica, que entregasse a quantidade de processamento e espaço necessária para sua aplicação?
Enquanto um licenciamento do SQL Server pode representar dezenas de milhares de dólares para sua empresa, o mesmo cenário no Azure pode diminuir esse custo para algumas centenas de dólares por mês.
Conclusão
O que vejo é um movimento de mudança na forma como os softwares são licenciados, deixando de ser uma aquisição de produto para a contratação de um serviço.
Essa mudança é bem vinda, pois permite que pequenas empresas possam usufruir de softwares antes só acessíveis a grandes corporações.
É fundamental que os gestores de TI estejam antenados a essas mudanças.