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DNS – Criando Zonas no BIND


Continuando nosso assunto sobre DNS, vou mostrar no artigo de hoje sobre como criar domínios (zonas) no BIND e colocar nossos domínios para funcionar.
Criaremos dois domínios e as máquinas que fazem parte dessas zonas.

Primeiro devemos instalar os pacotes necessários para o funcionamento do serviço, o nome do pacote é bind tanto em distribuições baseadas em Debian quanto em Red Hat.
As diferenças entre as distribuições está na localização dos arquivos, as variáveis e comandos são os mesmos. As diferenças são as seguintes:
Red Hat:
Script de inicialização: /etc/init.d/named
Arquivos de Configuração: /etc/named.conf (Opções e domínios) /etc/named.rfc1912.zones (zonas padrão)
Diretório de database de zonas: /var/named
Debian:
Script de inicialização: /etc/init.d/bind9
Arquivos de Configuração: /etc/bind/named.conf.options (opções) /etc/bind/named.conf.local (domínios) /etc/named.conf.default.zones (zonas padrão)
Diretório de database de zonas: /var/cache/bind
Os domínios (direto e reverso) devem ser criados no arquivo /etc/named.conf (Red Hat) ou /etc/bind/named.conf.local (Debian), e as máquinas de cada domínio devem ser criadas nos arquivos de database de cada distribuição. Nos arquivos com nome named os caracteres de // são os comentários, nos arquivos db. o caracter de ; é o comentário.
No DNS master edite o arquivo named correspondente, usando como exemplo os domínios empresa.net e exemplo.net (domínios que existem, mas aqui serão usados como exemplo) e sendo nossa rede externa 172.16.1.10 a 172.16.1.20(eu sei que é um endereço inválido mas usaremos para exemplo), com o seguinte conteúdo ao final:

Onde:
zone – é o nome do domínio que será criado neste servidor
type – tipo de servidor DNS (master ou slave)
file – arquivo de database desta zona
allow-transfer – diretiva que permite transferência do arquivo de zona para o servidor slave.
As zonas diretas devem ser criadas uma para cada domínio, mas como a zona reversa é baseada na rede onde os hosts existem, assim sendo, podemos ter uma única zona reversa em nosso DNS atendendo a vários domínios, desde que os hosts destes domínios estejam na mesma rede.
Para checar se não houve erro na configuração usaremos o comando named-checkconf:
root@debian# named-checkconf /etc/named.conf
ou
root@debian# named-checkconf /etc/bind/named.conf
Com os arquivos named devidamente configurados, devemos criar agora o database de cada zona e da reversa.
Criaremos nos respectivos diretórios de database os arquivos com os seguintes conteúdos:


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db.empresa.net

db.exemplo.net
db.172.16.1
 
Assim teremos um arquivo para cada domínio direto e um arquivo para todos os reversos.
Vamos testar os arquivos com o seguinte comando (estando no diretório onde os arquivos foram criados):
root@debian# named-checkzone empresa.net db.empresa.net
root@debian# named-checkzone exemplo.net db.empresa.net
root@debian# named-checkzone 1.16.172.in-addr.arpa db.172.16.1
Se não houver nenhum erro, basta iniciar o serviço:
Em Red Hat:
root@debian# /etc/init.d/named restart
Em Debian:
root@debian# /etc/init.d/bind9 restart
Monitore por erros no log do sistema /var/log/syslog (Debian) ou /var/log/messages (Red Hat).
No slave faremos a seguinte configuração no arquivo named correspondente:

Assim ao reiniciar o serviço o slave irá procurar o master (172.16.1.10) e irá fazer download (porta 53 TCP) dos arquivos db. existentes no master e se manterá sincronizado, verificando a cada ciclo de tempo (refresh) se houve atualizações nos arquivos no master.
Espero ter ajudado e no próximo post colocaremos uma zona interna respondendo apenas para rede local e faremos otimizações do DNS.
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